quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Decepção



Nada daquilo era verdadeiro
Carinho, consideração? Que nada, foi tudo ilusão
Só há interesses
Manter o ego? Provavelmente
Há que ponto chega – se para manter a auto estima.
Para mim, é um preço alto demais
Preço que jamais estaria disposta a pagar
Mas nem todos pensam assim
É triste quando percebemos que passamos tanto tempo acreditando e vivendo uma mentira
Por que a insistência em acreditar nas pessoas já que cada vez mais percebo que sempre vou me decepcionar?
Não sei.
Talvez um dia eu aprenda e entenda como viver num mundo de aparência, onde a sinceridade não compensa e o afeto é uma conveniência.
Admito, eu realmente acreditei.
Parecia haver sinceridade, amizade de verdade.
Mas como disse meu querido professor de sociologia: “até mesmo o amor é interesseiro”.
Pode até ser, mas só são válidos interesses egoístas e mesquinhos?
Por que não haver interesse em fazer o outro feliz?
Não, o que importa é a minha felicidade e o outro que se dane.
Não há preocupação com o próximo
E quando parece que há, existe sempre um interesse por trás
E assim a gente vai vivendo, enganando – se, dando valor a quem não merece
Acreditando
E no final chego a seguinte conclusão:
Talvez eles estejam certos e eu seja a errada nessa grande farsa que é a vida.

by Neliane Viana

2 comentários:

  1. "Talvez um dia eu aprenda e entenda como viver num mundo de aparência, onde a sinceridade não compensa e o afeto é uma conveniência." (Nelly Viana)
    Faço minhas as suas palavras... Profundo!

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  2. Eles estão certos, por que vivem de acordo com os princípios desse mundo...
    Mas nós não somos daqui. Esse mundo não é o nosso e não podemos nos acostumar a isso. Enquanto aqui vivermos, sofreremos.

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