Vivia num mundo onde as pessoas me entendiam. Algumas conheciam meus costumes, hábitos, crenças; outras, compartilhavam dos mesmos. O que importava era que eu vivia onde me aceitavam do jeito que sou e o que sou era algo normal, algo que não afastava as pessoas.
Vivi trancada nesse mundinho durante muito tempo. E para mim, tudo se resumia àquele pequeno grande mundo; para mim, o mundo que estava aqui fora me esperando, que também era meu mundo, era igual ao que eu vivia e acabei não me preparando para encarar o mundo aqui de fora, a vida de verdade, a realidade.
O tempo passou e fui obrigada a sair daquele mundinho. Fui empurrada, jogada para conhecer o desconhecido. Pensei que seria fácil, que nada mudaria, que seria aceita como uma pessoa normal.
Quem dera tivesse sido assim...
No início, era tudo novo. Ninguém sabia quem eu era e nem eu sabia como eles eram, não sabia da grande diferença que nos separava.
O tempo passou mais uma vez e as diferenças começaram a aparecer. Malditas diferenças que só serviram para criar um abismo, o qual não conseguia e nem consigo ultrapassar.
Nunca pretendi que fossemos iguais, só não queria que nossas diferenças nos separassem e fizessem com que eu me sentisse estranha, excluída... uma alienígena em meu próprio mundo.
Adoro seus textos, Neli!
ResponderExcluirO blog está lindo...estarei sempre lendo
beijo!
As vezes, pode acontecer diferente... Sinto-me alienígina no mundo onde vivia... Mas do mundo que descobri depois de grande, sinto-me parte.
ResponderExcluirGostei muito da reflexão!! Beijuuuus!!!