sexta-feira, 28 de junho de 2013

Crer no que não se vê


     


     Eu não vi o mar se abrir, nem o gigante cair, nem mesmo o coxo andar, mas escolhi confiar. Eu não vi o pão multiplicar nem muito menos Jesus ressuscitar. Ser zombado por crer em um Deus que muitos não creem e não vêem não pode abalar àqueles que professam Cristo em suas vidas. 
   A fé é exatamente isso, é crer no que não se vê! Se você pudesse ver, se você pudesse observar o sobrenatural não seria a fé algo necessário, pois você já estaria constatando fatos. 
     Não viveremos muitos dos milagres que os heróis da fé viveram. Pode ser que o gigante não caia na primeira pedrada, ou que os carros de faraó te alcancem. Pode ser que o mar não abra ou que a fornalha te queime.        Ainda assim a fé viverá! Deus não nos chama para ser adoradores de situações confortáveis. Quando Habacuque estava em miséria ele disse "Ainda que a figueira não floresça, ainda que a videira não dê o seu fruto, ainda que não haja alimentos nos campos, tu serás o meu Deus e eu me alegrarei em Ti." Quando tudo desmoronou, Jó declarou ao mundo: "Eu sei que o meu redentor vive e que por fim se levantará sobre a Terra". 
     Experimentar Deus não é ver o sobrenatural, pois não é o sobrenatural que transforma ou aumenta a sua fé. Relacionamento e adoração diária te mantém aos pés de Cristo. Verdadeira adoração te prende a Deus e é isso que Deus busca! Verdadeiros Adoradores! Podemos nós dizer como Jó e Habacuque? Sinceramente não sei se posso, todavia espero um dia dizer como Paulo. Combati um bom combate completei a carreira e guardei a fé, agora pois a coroa da Justiça já me está reservada a qual o Senhor justo juiz me dará naquele dia, e não somente a mim mas a todos aqueles que amam a sua vinda! 


Por Ailton Júnior.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

O grito do sentimento irracional


   

  Chega de ser racional. Já me cansei de teatros diários. Há uma música que ecoa, um sorriso que transcende, uma sinfonia que os ventos trazem no dia de hoje. Já não me é possível manter os sentidos na esfera do real. Perco a razão e crio asas. Ultrapasso e rompo as barreiras do perigo, encaro novos desafios, horizontes, transcrevo minha felicidade em tábuas de sentimento e esperanças. Ouso derrubar o muro, abrir as fronteiras e entregar todo o ouro, prata e trigo, somente para lhe ver feliz.
    Acordo de um pesadelo racional para um sonho emocional. Viajo por mares bravios, luto contra os grandes monstros do desconhecido, chego ao fim do mundo; somente para buscar meu tesouro perdido. Em ventos, sóis e dunas, caminho. Ofegante e já sem água, sigo em frente. Sei que posso confiar no oásis do seu olhar e nos rios de águas límpidas da sua boca.
    Metafísico, passo de eu para seu, como uma tempestade, uma inundação, um tufão. Uma canção existe, subsiste e resiste, com notas inimaginavelmente universais. Surge o vazia e cria - se um novo cosmos. Tudo se faz novo: Planetas, luas, sóis, estrelas. No caos surge a vida; e consigo as esperanças da vida bem vivida. Um círculo de fogo brilha no alto. Ventos ascendem ao firmamento. Uma águia voa rasante e veloz para a imensidão dos céus. Na terra, tudo nasce, evolui para ser de ti; inclusive eu. Das maiores adversidades e medos humanos, encaro e venço. É preciso lutar para amar, e vencer para ser feliz.
    Há inimigos à frente. Estão mais armados do que nunca. Mas prometo - te permanecer de pé nessa colina para proteger teu vilarejo, até que todos os meus adversários caiam ao chão, ou até que minhas forças abandonem - me e eu seja subjugado pelas espadas e grilhões. 
    Esta não é apenas mais uma carta escrita com tinta ao papel. São palavras vivas que doam seu sentido para minha vida, são marcas de fogo no metal, é a primeira rosa de um futuro jardim. O tempo já não é o bastante, talvez nem o eterno, mas o relógio acelera, a boca seca, as mãos suam, as batidas da vida se tornam intensas, o tempo eterniza - se em um momento, dois ou três. Conseguirei transpor as leis; só por causa da sua existência fora e dentro de mim.


Por Sergio Filho