Rodolfo Pamplona Filho
Nunca diga que,
desse prato, não comerei,
pois você pode não ter vivido
o suficiente para saber
os motivos que levam alguém
a fazer algo que
nunca se esperava dele...
Não julgue o comportamento alheio,
com os parâmetros inflexíveis
de uma conduta idealizada,
pois a barema utilizada
pode lhe ser exigida,
não somente como medida
de justiça e coerência,
mas também como o preço
que se exige como resposta
de toda aquela consciência
que exigiu demais dos outros (e de sí)....
Aprenda a engolir o orgulho
de não ter feito nada na vida,
bem como a prepotência
do sentimento de auto-suficiência
que a juventude, aliada à inexperiência,
parece impor a uma nova geração,
que não tem problema de falta,
mas, sim, de excesso de informação
e, para quem, é mais fácil,
dizer que o outro é sem noção.
Tenha a hombridade de, um dia,
reconhecer a terrível arrogância
que a inexperiência pode gerar,
não como natural mecanismo
de defesa perante o desconhecido,
mas como uma injustificável rebeldia
contra todos que, um dia,
puderam lhe dar guarida
ou estender uma mão amiga.
Faça antes de reclamar...
Viva antes de criticar...
Cresça antes de aparecer...
E descubra que o mundo
é muito maior do que seu ser...