quarta-feira, 1 de junho de 2011

Normalidade em meio ao caos

    De um lado, o canto dos passarinhos, crianças brincando, pessoas trabalhando; de outro, desigualdades, miséria, fome e guerras. Juntos, estes cenários formam o contraste do dia - a - dia em que a população do século XXI está inserida: estando no meio desse conflito, o ser humano procura adaptar - se levando o máximo de normalidade a sua vida.
   Finalizada a Primeira Guerra Mundial, iniciou - se a Segunda, depois a Guerra Fria e hoje vivemos em uma sangrenta Guerra Civil. Contudo, mesmo diante desses conflitos, a professora continua ensinando aos seus alunos, o médico continua cuidando dos seus pacientes e a dona de casa a realizar suas tarefas domésticas. Nada se modifica no cotidiano dessas pessoas; nada se modifica porque as pessoas precisam realizar suas tarefas para sobreviver, pois não adianta se desesperar já que esse desespero não levará a nada. Portanto, o que lhes resta é viver e sobreviver em meio ao caos.
      A normalidade em meio à guerra pode parecer um total absurdo. Contudo, se pararmos para refletir, veremos que esta normalidade se faz necessária. Imaginem se na Guerra dos cem anos, por exemplo, as pessoas simplesmente ficassem presas em suas casas, esperando que a guerra acabasse. Provavelmente, o número de mortos seria bem maior, pois estas pessoas não teriam como conseguir alimento estando presas em suas casas. Além disso, o número de analfabetos também aumentaria, já que as crianças seriam impossibilitadas de ir à escola. Portanto, por mais brutal que nos pareça, viver normalmente em meio ao caos tornou - se necessário ou até mesmo essencial.
     A maneira que o homem encontrou para sobreviver a esse terrível cenário foi levar uma vida normal. Isso não significa indiferença, embora alguns realmente sejam indiferentes, mas significa que o ser humano consegue se adaptar. Mesmo em meio a situações turbulentas tais como a violência presente nas ruas, o medo, a insegurança, ainda sim, as pessoas continuam trabalhando, estudando e divertindo - se, ou seja, a normalidade em meio a guerra já se tornou normal.

by Neliane Viana

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